Em pleno mês da Consciência Ambiental, compartilho uma pesquisa inédita sobre o interesse dos brasileiros por pautas ambientais.

Linguagem complexa e desconfiança: o que distancia os brasileiros de questões ambientais?


Pesquisa da Bulbe Energia ainda mostra que a sustentabilidade ocupa o último lugar no ranking de leitura entre os principais temas de interesse nacional

Com a COP30 marcada para acontecer no Brasil em 2025, o país se prepara para ocupar o centro das discussões globais sobre o futuro do planeta. Mas, internamente, o cenário revela um paradoxo: em pleno Junho Verde, mês dedicado à consciência ambiental, temas ligados ao meio ambiente seguem à margem do interesse popular.

Em pleno mês da Consciência Ambiental, compartilho uma pesquisa inédita sobre o interesse dos brasileiros por pautas ambientais.
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De acordo com uma pesquisa da Bulbe Energia, que desvendou os tópicos mais consumidos e discutidos nacionalmente em 2025, pautas ambientais ocupam a última posição entre os dez temas mais buscados ativamente no país — mesmo com a produção de mais de 18 milhões de conteúdos sobre “sustentabilidade” no Google Brasil, ao longo do último ano.

A pesquisa, realizada com centenas de entrevistados de todas as regiões, investigou o grau de atenção dos envolvidos em relação a temas ambientais, compreendendo qual lugar assuntos sobre sustentabilidade ocupam na rotina do brasileiro. Os dados mostram que, no atual momento, menos da metade dos participantes (42,6%) consome regularmente conteúdos sobre meio ambiente e sustentabilidade — o menor percentual de adesão entre os dez temas avaliados.

A diferença de engajamento fica ainda mais evidente quando comparado a outras áreas de informação. Saúde e bem-estar lideram o ranking, com 70,2% de adesão, seguidos por finanças pessoais (66%) e esportes (65,4%). A sustentabilidade ambiental, apesar de sua relevância, segue à margem do consumo espontâneo de notícias e conteúdos nas redes sociais, jornais e demais meios de comunicação.

Esse baixo engajamento da população em temas ambientais não acontece por acaso. Entre os principais obstáculos para o consumo contínuo desses conteúdos, 27,6% dos entrevistados indicam que informações sobre meio ambiente “circulam pouco no dia a dia” ou são difíceis de encontrar. Já quase 19% apontam que, no geral, as fontes são consideradas pouco confiáveis ou contraditórias. 

O formato e a linguagem também afastam parte do público: 16% classificam conteúdos voltados ao ambiental como longos, densos ou pouco objetivos, enquanto 12,2% reclamam da ausência de exemplos práticos ou recursos visuais que facilitem a compreensão.

Interesse reativo.

De acordo com a pesquisa, um em cada quatro brasileiros entrevistados se consideram mal-informados sobre meio ambiente — incluindo os que se classificam como nada, pouco ou razoavelmente informados. Essa percepção ajuda a explicar por que a pauta ambiental ainda ocupa um espaço tão restrito no repertório informativo da população.

Na prática, conforme comprovam as experiências dos entrevistados, o interesse sobre questões ambientais tende a surgir principalmente em momentos de crise, como desastres naturais ou impactos diretos no dia a dia das pessoas.

Fora essas situações, o contato com o tema costuma aparecer de forma passageira e superficial, muitas vezes por meio do consumo de filmes, séries ou conteúdos virais nas redes sociais — formatos que até atraem a atenção momentânea, mas raramente promovem um engajamento contínuo ou aprofundado.

A lacuna ambiental na formação dos brasileiros

Olhando de perto certos termos-chave quando o assunto é sustentabilidade, temas como pegada de carbono, ciclo da água, combustíveis fósseis, entre outros, apresentam baixa presença no “repertório ambiental” dos brasileiros, aponta a pesquisa. Embora esses conceitos sejam parte do ensino básico, a maior parte da população não os lembra com clareza atualmente.

Um possível motivo está no contato limitado com essas questões durante a formação escolar: 43% dos entrevistados afirmaram ter tido pouco ou nenhum contato com temas ambientais na época da escola, seja por abordagens superficiais ou ausência total no currículo. Na vida adulta, o aprendizado sobre o tema ocorre principalmente por meio da mídia, redes sociais e experiências cotidianas, enquanto a educação formal representa uma parcela menor desse conhecimento.

Para André Mendonça, Diretor de Operações da Bulbe, isso ajuda a explicar por que tantos brasileiros ainda têm dificuldade de compreender a gravidade da crise climática.

“Muitos desses conceitos são complexos e pouco contextualizados no cotidiano das pessoas, o que dificulta o entendimento e, consequentemente, a percepção dos impactos reais dessas questões no planeta. Essa falta de familiaridade contribui para que a urgência das mudanças climáticas não seja plenamente compreendida pela população”, completa.

METODOLOGIA

Entre os dias 26 e 27 de maio de 2025, a Bulbe Energia ouviu 500 pessoas de diversos segmentos produtivos, faixas etárias, classes sociais e regiões do país. Mulheres e homens foram entrevistados individualmente, respondendo às perguntas por meio de questionário estruturado em formato online.


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