7 erros que nenhum microempreendedor MEI pode cometer

Atenção microempreendedor individual: você não deveria cometer esses erros tão simples e, ao mesmo tempo, tão importantes! Separamos algumas boas dicas, que na verdade são orientações para MEI, independente da área de atuação.

Mas, o que é o MEI? É uma categoria de empresa que fatura até 81 mil reais no ano, ou seja, 6.750 reais por mês.

E lembrando que para ser MEI, o empresário não pode ter participação em outra empresa como sócio ou titular e pode ter, no máximo, 1 empregado contratado recebendo um salário mínimo.

Quem é MEI sabe que terá como despesa o pagamento mensal do DAS (Documento de Arrecadação Simplificada). Dependendo da atividade, o valor mensal irá variar de R$ 47,85 a R$ 52,85.

Isso vai depender do fato de você se enquadrar em um comércio, uma indústria ou prestação de serviços.

Bom, não temos a ideia de prolongar o assunto aqui porque são muitas dicas e isso já vai estender bastante esse artigo.

Mas ó, precisamos combinar algo: você tem que acompanhar a leitura até o fim e ir anotando cada uma das dicas no seu caderninho porque isso vai fazer toda a diferença na área financeira da sua empresa [e da sua vida também].

1 – Ficar sem se importar com o funcionamento das empresas

Imagine a seguinte situação: você está decidido a se tornar um MEI e você vai lá faz todo o processo, mas aí você percebe que você precisa estruturar muita coisa ainda antes de criar o seu negócio!

Mesmo assim você deixa o seu CNPJ aberto e vai resolver outras pendências na sua vida pessoal, que não tem a ver com a sua empresa, necessariamente.

E você decide deixar tudo pra lá para só depois começar de fato a trabalhar.

Apesar de esse pensamento ser muito comum, com certeza, ele não é saudável para você.

E já que o assunto são as orientações para MEI, a nossa 1ª dica aqui é você conhecer como funciona uma empresa antes mesmo de criar o seu CNPJ.

Isso é importante para você conseguir mantê-la em ordem financeira e administrativa.

Se você não tem esse conhecimento, deve começar pensando na possibilidade de ter sócios, parceiros ou pessoas que possam te auxiliar com as funções administrativas.

ANTES DE CONTINUAR… Confira 9 passos para abrir um e-commerce de sucesso

CONTINUANDO… Isso tem a ver com o estoque, o capital de giro, os investimentos, etc.

2 – Ficar em falta com o controle das finanças empresariais

Outro erro bem comum dos MEIs é sobre conseguir uma boa companha de marketing, conseguir atrair clientes, conseguir produzir e vender muitos, mas…

Não ter controle sobre as finanças da empresa!

Você não pode, de forma alguma, desconhecer os números básicos tanto no seu orçamento familiar como o do seu negócio!

Porque se você desconhece o tamanho dos custos e o tamanho do seu faturamento, vai desconhecer também o quanto de lucro você tem!

E aí fica muito difícil tomar qualquer decisão e a decisão que você tomar vai ser falha!

Você precisa entender um pouco da educação financeira para compreender como é fácil conseguir economizar uma parte do seu faturamento ou saber quanto precisa aumentar ele também.

Enfim, você trava totalmente as suas decisões e você começa a tatear no escuro…

Pior do que isso é quando as pessoas dizem conhecer esses dados, mas não conhecem. Isso as faz cometer erros simples e cada vez piores.

No fim, a realidade é o seguinte: se você quer evitar cometer erros com as suas finanças, você precisa entender o funcionamento da empresa, assim como das finanças.

Analise os Pequenos Gastos

É importante atentar-se aos pequenos gastos que podem parecer ingênuos, mas logo transforma-se em vilões.

Quem tem a missão de juntar dinheiro, não pode gastar 600 reais por ano com os famosos cafezinhos nas padarias todos os dias.

Essas pequenas compras, feitas de formas desordenadas, acabam se tornando verdadeiros ralos por onde escoam as economias financeiras.

Domingos diz que, na média, 25% dos gastos mensais são supérfluos ou desnecessários:

“As pessoas sempre dizem que não têm mais de onde reduzir gastos, mas, ao fazer uma boa análise, observam que é possível”.

Juntar dinheiro e reduzir gastos é importante para quem quer ficar rico.

3 – Esquecer o Pró-Labore

Ah, já começamos bem, não é? Porque tem uma pequena chance de você nem saber o que é Pró-Labore, não é verdade?

Mas, pode ficar tranquilo que não há nenhum pecado nisso. Se você não sabe, não tem problema. Só que se você sabe, isso vai melhorar a sua vida!

Bom, vamos entender.

O sócio administrador que trabalha na empresa tem direito à um salário!

Tudo bem se você for um MEI que trabalha por conta própria, não tem funcionário… Você é esse trabalhador que tem direito à um salário.

O salário nada mais é do que uma remuneração pelo serviço prestado – isto é Pró-Labore!

É verdade que não há lei sobre valores específicos para um Pró-Labore, mas se você é empreendedor vai ter que aprender a se pagar porque você tem que diferenciar a vida social da profissional.

E vale lembrar que a única regra é que esse salário não deve ser inferior ao salário mínimo vigente.

Então, preste a atenção, empreendedor!

Você recebe o Pró-labore todo mês e você deve pagar o INSS todo mês, inclusive, com o IR.

Você deve descontar a porcentagem do INSS sobre o valor bruto do seu Pró-labore.

Quando o sócio administrador não recebe o Pró-labore ou o retira, mas não paga INSS o que pode acontecer? Ele estará em falta com a Receita Federal e pode ser multado.

O fato é que ser MEI facilitou um pouco isso. Se você faz suas contas corretamente e emite o valor de Pró-Labore no final do ano, sem ultrapassar o limite de 81 mil reais no ano, então, sua contabilidade está nos conformes.

E você, empreendedor, está retirando mensalmente seu Pró-labore e pagando o INSS?

Em caso de dúvidas, procure ajuda de um contador.

4 – Desconhecer o Balanço Patrimonial

O seu contador já te entregou o balanço patrimonial ou você sabe o que é isso? Essa é mais uma das orientações para MEI que selecionamos.

Esse balanço patrimonial é um relatório contábil gerado após o registro de toda a movimentação financeira da empresa em determinado período – geralmente anual.

Essa demonstração informa toda a situação patrimonial da sua empresa, tais como os bens, direitos e obrigações.

E o que você, empreendedor, faz com esse balanço patrimonial quando o tiver na mão?

Analisa.

O balanço pode servir como uma fotografia da sua empresa naquele momento porque você saberá quais são os recursos em caixa, os impostos a pagar, os gastos e se tem ou não alguma dívida.

O balanço patrimonial, assim como outros relatórios que compõem os livros contábeis, são de emissão obrigatória por lei independente do porte, enquadramento ou faturamento da sua empresa.

Os únicos dispensados dessa escrituração contábil são os MEI.

No caso do MEI, você só precisa emitir um documento no final do ano, informando seu faturamento e descontando os gastos.

5 – Deixar de fazer o Fluxo de Caixa

Você faz o fluxo de caixa da sua empresa? Essa é a pergunta que não quer calar.

Se não faz é porque desconhece a importância dessa ferramenta.

O fluxo de caixa é uma fotografia da realidade financeira da sua empresa hoje.

Ele vai mostrar o quanto de recurso você tem disponível no momento, quando receberá ou sairá outros recursos e os investimentos feitos.

Ele pode ser realizado mensalmente, semanalmente ou diariamente.

É mais indicado que você faça o fluxo de caixa diariamente porque assim sempre o manterá atualizado e terá uma visão mais real do seu negócio.

Vamos ao exemplo de Dona Maria.

Ela tem uma empresa de uniformes e nunca fez fluxo de caixa e as contas da empresa estão uma bagunça. Todo final de mês ela tem que recorrer ao cheque especial para quitar as contas.

Se você acompanha a Trovó Academy, sabe que esse é um erro mortal de toda empresa!

Se Dona Maria fizesse fluxo de caixa, ela saberia qual valor de capital de giro precisa para fazer a empresa funcionar.

Ela poderia discutir com os fornecedores de matéria-prima um prazo mais longo de pagamento para que desse tempo de fabricar as peças, vendê-las e depois pagar os fornecedores.

Ela também entenderia qual lucro real está tendo para investir na empresa futuramente.

São muitas informações que temos que analisar.

E você, vai ficar pensando como a Dona Maria ou vai manter a ordem financeira da sua empresa?

6 – Considerar o faturamento máximo do MEI

Agora vamos ao faturamento, que é outra das orientações para MEI.

Supondo que você criou a sua empresa em Janeiro de 2017, você sabe que o faturamento do MEI é de 60 mil reais ao ano. Ótimo, né?

– Em 2018 passou a ser 81 mil reais, mas em 2017 ainda era de 60 mil reais.

Agora vamos supor que você tenha criado sua empresa em Março. O faturamento será 60 mil reais ao ano? Não. Esse valor é proporcional.

Então, como você vai fazer essa continha para saber quanto você irá faturar neste ano?

O MEI não pode faturar 5 mil reais por mês?! Então, se você criou a empresa em Março, você poderá faturar 50 mil reais no ano.

Atenção para esse ponto, porque muitas pessoas cometem esse erro achando que vai ser 60 mil reais independente do mês que a empresa foi aberta e não é assim.

Se o MEI ultrapassar este faturamento em até 20%, ou seja, faturar entre 60 e 72 mil reais, o que acontece?

O seu negócio passará a ser considerado como micro empresa e será tributado no Simples Nacional.

Você, então, pagará um DAS do MEI e outro DAS referente ao valor faturado excedente.

E é ruim exceder o faturamento do MEI?

Não, não é ruim.

O lado bom é que quer dizer que sua empresa está crescendo.

Porém, fica bem atento que o problema ainda não chegou.

A situação fica ruim quando você excede os 20%.

Vamos voltar ao exemplo anterior de que a pessoa poderia faturar até 50 mil no ano, mas faturou 65 mil reais, ou seja, ela excedeu os 20%.

– Porque 20% de 50 mil são 10 mil.

O que acontecerá neste momento? O recolhimento dos impostos se dará de forma retroativa.

Isso mesmo, retroativa: desde o momento de abertura da sua empresa.

E o pior você ainda não sabe!

Esse recolhimento retroativo de impostos se dará com multa e juros.

E não são pequenos os juros.

Querido micro empreendedor individual, você que criou seu MEI, muito fácil para criar, agora você tem que ficar atento com relação ao faturamento.

Isso porque no geral, essas pessoas vão emitindo notas e mais notas ao passo de que não se dão conta do valor que está faturando.

Se você estourar os 20% o negócio vai ficar feio.

Agora imagina aqueles MEIs que não tem nem capital de giro direito ou que não fizeram uma reserva… Estouram!

Em breve o vai chegar aquele boleto com retroativo de todos os meses mais multa e juros.

7 – Deixar de lado a Declaração do Imposto de Renda

Esse também está entre os erros mais comuns de um MEI: achar que não é preciso fazer a declaração do IR.

Isso acontece porque muita gente acaba não se atentando ao fato de que quando a gente vira MEI a gente precisa ter duas declarações de imposto de renda: uma para pessoa física e outra para pessoa jurídica.

Como MEI, se você manter seu faturamento até o teto limite, que é de 81 mil reais, vai bastar você emitir o seu comunicado no final do ano, considerando as notas fiscais.

Na parte física, você vai precisar declarar o IR se estiver dentro do grupo que precisa fazer isso, considerando o teto de faturamento, os bens e os investimentos.

O fato é que isso é mais fácil do que parece até porque as duas declarações são feitas de forma separada.

FONTE: https://trovoacademy.com


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